quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A menina que Cavava com a Caneta em HQ



O Projeto Soletrando Literário realizado pela Salvador Correia de Oliveira resultou numa linda produção em HQ.
ALUNOS DA TURMA - 9º ANO
Agnailton, Ana Paula, Alice, Beatriz, Bruno Cleiton, Daniel, Edivania, Elizete, Frabrícia, Geildo, José Renato, Luciana, Maiara, Micael, Pablo, João Lucas, Kauê, Pedro Henrique, Ricardo, Silmara, Wellington e Victor.
Organização: Victor Dias de Santana
Orientação: Maria Jeane Souza de Jesus Silva
Co-orientação: Sidmar da Silva Oliveira

O projeto de leitura intitulado de Soletrando Literário aderido desde o início do corrente ano letivo pela Escola Municipal Salvador Correia de Oliveira, tendo como mentor o gestor Gilvane Andrade foi uma proposta entre as escolas denominadas “Região das Areias”, destacamo-las assim, por fazer parte de um núcleo regional o qual temos um coordenador - Fernando Pereira, para as 16 escolas. No cerne da proposta foi reservado um horário a cada dia para desenvolver atividades de leituras interdisciplinares semanalmente. Para Língua Portuguesa especificamente, as obras foram selecionadas a partir de uma ideia denominada “Ciranda do livro”, que consistiu na troca de livros entre os próprios colegas. Como o acervo da escola é escasso, recebemos doações dos amigos da escola, e a contribuição do acervo pessoal de alunos e professores. As leituras das aulas de Língua Portuguesa, aconteceram todas às quartas-feiras, através de rodas de leituras, ateliês de leituras, roda de conversas e socialização das obras/textos lidos. As escritas foram feitas em fichas de leituras, caderninhos de escritas, organizados pelos próprios alunos, os livros lidos foram contabilizados como pontos para a competição.
Parabenizamos todos que participaram, os finalistas e campeões da categoria 6º e 7º Luan e Isabely; categoria 8º e 9º Victor Dias e Beatriz Andrade. E a finalíssima da Região das areias - Isabely Santos.


A Menina que Cavava com a Caneta em HQ

domingo, 11 de março de 2018

Ler e escrever: habilidades que a criança precisa aprender




PROJETO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO - 2018

Sidmar da Silva Oliveira[1]
1. TEMA
Ler e escrever: habilidades que a criança precisa aprender

2. APRESENTAÇÃO
Alfabetizar é uma tarefa que exige criatividade, planejamento e compromisso do professor. Unindo isso à dedicação do estudante, certamente haverá sucesso. Então, além de ser comprometido com a tarefa de alfabetizar, o professor precisa trabalhar com as temáticas que circundam a vida dos estudantes, desafiando e estimulando-os a busca do conhecimento. Pensando nisso, o presente projeto intitulado de Ler e escrever: habilidades que a criança precisa aprender, propõe atividades de leitura e de escrita no contexto da realidade dos estudantes, valorizando o conhecimento prévio e privilegiando criatividade dos discentes.
 É claro que este projeto não será o único instrumento didático-pedagógico utilizado pelo professor a fim de instruir os estudantes a ler e a escrever. Significa que será incorporado ao plano de unidade de cada série/ano, se configurando como uma estratégia a mais para fomentar a prática da leitura e da escrita na escola. Portanto, o presente projeto prevê a extensão do trabalho com leitura e produção textual em todas as turmas dos Anos Iniciais, vislumbrando o tratamento didático-pedagógico de temas relacionados ao dia-a-dia dos aprendizes, e também as obras literárias disponíveis na escola.

3. JUSTIFICATIVA
Concebendo o domínio da leitura e a escrita indispensáveis à comunicação entre as pessoas, tanto no meio escolar, como fora dele, este projeto nasce da necessidade de atenuar as dificuldades de leitura, compreensão e escrita dos alunos Escola Municipal Lourival Custódio, cujos níveis de proficiência em leitura e escrita se encontram distantes do almejado pelos órgãos educacionais do país. Com efeito, a interdisciplinaridade precisa prevalecer durante as estratégias de ensino e o professor precisa incentivar a escrita do jeito da criança e fazer as orientações precisas para que, aos poucos, a crianças vá adquirindo domínio do Sistema de Escrita Alfabética e das regras ortográficas, afinal de contas, o projeto foi elaborado com o intento de oferecer aos alunos, momentos sistemáticos destinados ao ato de ler e escrever com autonomia.

4. OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
Ø  Instruir os alunos à prática da leitura e escrita, de modo a valorizarem a leitura como fonte de informação e a escrita para atender as exigências escolares e as demandas sociais.

4.2. Objetivos específicos
Ø  Estimular a leitura e a escrita através de temáticas locais;
Ø  Ler e construir textos com a ajuda de escriba;
Ø  Construir textos a partir de imagens/figuras;
Ø  Propiciar o contato com obras literárias, contos, fábulas, cartas, bilhetes...;
Ø  Despertar o hábito da leitura, como forma de diversão e aprendizado;
Ø  Valer-se dos temas do cotidiano parta produzir textos.

5. REFERENCIAL TEÓRICO
Desde o início da civilização, o ser humano busca estratégias que facilite a vida em sociedade. Tais estratégias abrangem a produção de ferramentas e aperfeiçoamento das moradias etc. O mesmo aconteceu com a escrita. Foi a partir das pinturas em pedras/cavernas que a escrita foi sendo aperfeiçoada até chegar ao que conhecemos hoje, a escrita alfabética que é indispensável à comunicação do ser humano em todo o mundo. Por isso, a alfabetização é uma etapa da educação básica na qual a escola precisa dar ênfase, de modo que a criança construa uma base sólida e siga os estudos com autonomia.
A alfabetização tem sido muito discutida por diversos segmentos da sociedade, já que ao mesmo tempo em que a necessidade em alfabetizar aumenta, as dificuldades crescem, seja por desinteresse dos estudantes, seja por falta de regras/respeito dos alunos para com os professores, seja por falta de acompanhamento familiar ou porque a escola vem concorrendo com aparelhos tecnológicos mais atrativos às crianças (celular, tablete, redes sociais e outros). Assim, o trabalho dos professores tem aumentado bastante, afinal, não basta somente dar aula. É preciso que o docente seja flexível, criativo, responsável, acredite no potencial dos alunos e registre sua prática a fim de aperfeiçoar os aspectos que apresentam falhas. Logo, a reflexão da prática docente se torna primordial, pois “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, 1996, p. 39).
É importante dizer que alfabetizar não se resume apenas em ensinar a codificar e decodificar as letras. Então, é válido recorrer ao manual do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (2012), que afirma que uma pessoa para ser considerada alfabetizada, precisa:

Ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações. Significa ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz (MANUAL DO PACTO, p.17).

Nessa direção, para que a criança esteja alfabetizada, é preciso que saiba ler com fluência, interprete e produza textos não só para responder a questionamentos escolares, que muitas vezes não têm sentido para a criança, mas para atender as demandas do meio em que vive. Para Soares (2013), saber fazer o uso da leitura e da escrita é o principal, pois,

Não basta simplesmente “saber ler e escrever”: dos indivíduos já se requer não apenas que dominem a tecnologia do ler e do escrever, mas também que saibam fazer o uso dela, incorporando-a a seu viver, transformando-se assim seu “estado” ou “condição”, como consequência do domínio dessa tecnologia (SOARES, 2013, p. 29).

Vê-se então, que além de ensinar a dominar as letras, é preciso que o alfabetizador instrumentalize as crianças a conhecer e dominar o Sistema de Escrita Alfabética, e assim, ser considerada uma pessoa letrada na sociedade atual.
Sendo assim, na prática docente as crianças precisam ser auxiliadas a ler e produzir textos de circulação social. Essa construção poderá ser coletivamente, em duplas, grupos, mas tendo o professor como escriba, afinal, é ele o responsável por sistematizar o ensino em sala de aula. De acordo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, (BRASIL, 1997) a alfabetização se realiza quando ha informação necessária e momentos de reflexão sobre o sistema de escrita. Isso evidencia que as aulas/atividades precisam levar as crianças a refletir a escrita e sua função, de modo que os “erros” sirvam para nortear o planejamento do alfabetizador, e não com forma de punir uma ou outra criança que ainda não desenvolveu as habilidades necessárias para ser considerada alfabetizada.
Para os adultos alfabetizados, a aquisição da escrita parece ser uma tarefa fácil, já que ao dominar a sequência das letras, sua nomeação e seu traçado, bastaria apenas conhecer o som delas ao unir com outra para formar a sílaba e posteriormente produzir palavras e frases. Contudo, esse pressuposto é falso, pois a escrita não é somente um código, mas sim um sistema notacional/simbólico no qual, sua aprendizagem vai requerer um aprendiz que reconstrua as relações entre as representações fonológicas e ortográficas. Esta é uma tarefa complexa e que exige um trabalho sistêmico e de reflexão, pois em muitos dos casos fala-se de um modo e grafa-se de outro. Por exemplo, fala-se MADERA e escreve madeira.
Para Ferreiro (1987) “o desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida em um ambiente social. Mas as práticas sociais, assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças” ao passo que, “quando tentam compreender, elas necessariamente transformam o conteúdo recebido” (FERREIRO, 1987, p. 24). Assim, a criança que participa e interage durante as aulas, certamente irá aprender com mais facilidade.
Como prevê a Lei 9.394/96, a educação é um direito dos brasileiros, de forma que os Anos Iniciais é o alicerce da educação e é uma das etapas da Educação Básica, cuja o objetivo é “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (BRASIL, Art. 22). Certamente este projeto não consiga atingir esse grandioso objetivo, mas é um pontapé para que os alunos sejam auxiliados constantemente a ler e produzir textos.
Se promover a inclusão e a transformação social das pessoas é uma tarefa da escola, cabe ao professor buscar parceria com a Gestão Escolar, coordenação, famílias e outros a fim de oferecer uma educação de qualidade. Quando isso não acontece, a formação da criança passa a ser manca e é mais pessoas despreparada e até “marginais” colocados na sociedade, que a escola não conseguiu transformá-los em cidadãos críticos e reflexivos.
Em Brasil (1997) espera-se que ao final da alfabetização, as crianças adquiram competência em relação à linguagem que lhes possibilite resolver problemas da vida cotidiana e alcançar a participação plena no mundo letrado. Assim, “compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de participação social, interpretando-os corretamente e inferindo as intenções de quem os produz” (BRASIL, 1997, p. 33), é um dos objetivos a serem alcançados no processo de alfabetização. Nessa fase, o professor é primordial no sentido de instrumentalizar as crianças a adentrarem no mundo da leitura e escrita, sobretudo nos casos em que as crianças são oriundas de comunidades pouco letradas, pois, geralmente não vêm os adultos ler ou escrever e com isso a criançada, tem apenas o professor como alguém a ajudar e seguir. Portanto,

O professor também terá outro papel fundamental: o de modelo. Além de ser aquele que ensina os conteúdos, é alguém que pode ensinar o valor que a língua tem, demonstrando o valor que tem para si. Se é um usuário da escrita de fato, se tem boa e prazerosa relação com a leitura, se gosta verdadeiramente de escrever, funcionará como um excelente modelo para seus alunos (BRASIL, 1997, p. 38).

Em suma, é preciso que o professor seja pesquisador e busque ensinar as crianças a escrever e ler com compreensão. Pois, “se ensinarmos um aluno a ler compreensivamente e a aprender a partir da leitura, estamos fazendo com que ele aprenda a aprender, isto é, com que ele possa aprender de forma autônoma em uma multiplicidade de situações” (SOLÉ, 1998, p. 47). Isso significa que as atividades de escrita e leitura precisam partir do conhecimento de mundo que as crianças têm de seu dia-a-dia. Pensando assim, este projeto intitulado de ‘Ler e escrever: habilidades que a criança precisa aprender’, visa unir as situações teóricas, aprendidas na faculdade e na formação continuada, com atividades práticas, já que ambas precisam andar em sintonia. Por isso que “a reflexão crítica sobre a prática se torna um exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blá-blá-blá e a prática, ativismo” (FREIRE, 1996, p. 22). Por conseguinte, este projeto não é uma receita que vai resolver todas as situações de dificuldades de aprendizagem no âmbito da leitura, escrita e produção textual na escola ora citada, mas é um caminho que o professor deve seguir para contribuir para a alfabetização e letramento das crianças.

6. METODOLOGIA
Lidar com crianças é uma experiência enriquecedora, uma vez que elas têm muita sabedoria e por isso há uma troca de saberes na sala de aula. Em decorrência disso, antes de qualquer ação pedagógica, o professor precisa diagnosticar o que as crianças já sabem, para, a partir daí, preparar seu trabalho de interventor/mediador do saber. Ocorre que o desenvolvimento deste projeto se dará numa abordagem construtivista, oportunizando a criança a chance de construir sua aprendizagem através da leitura e da escrita de temáticas que circundam o seu meio social, e a partir das obras literárias disponíveis na escola. Será trabalhado numa perspectiva dialógica, na qual os alunos se sintam seguros em participar, interagir e aprender a ler e escrever de acordo suas potencialidades.
Nesse sentido, algumas indagações precisam ser respondidas pelo professor e alunos em sala de aula: para que serve a leitura e a escrita? Para quê, lemos e escrevemos na escola? Quais as vantagens de uma pessoa que sabe ler e escrever corretamente? O que a leitura e a escrita nos proporciona? Como é a vida de um adulto que não sabe ler e nem escrever? Essas e outras indagações precisam ser refletidas em sala de aula, e a partir delas, o professor poderá, quinzenalmente – preferencialmente na segunda-feira –, dedicar o primeiro horário da aula para trabalhar atividades de leitura, interpretação e produção textual.
 Ao discutir com as crianças o gênero textual[2] a ser trabalhado, o professor deverá explicar as principais características do gênero, e a depender da turma, apresentar aos aprendizes o esqueleto/esboço do gênero textual a ser produzido. Nesse momento, as obras literárias existentes no ‘cantinho de leitura’ precisam ser exploradas, afinal de contas, as crianças poderão se “espelhar” em uma obra literária para produzir sua escrita. O/a professor/a poderá utilizar o Datashow, cartazes, jogos, imagens, aulas de campo, textos fatiados, bingos, caça ao tesouro, quadro branco e outros recursos para desenvolver a aula de modo dinâmico e propício à aprendizagem.
No momento da produção textual – individual ou em dupla –, o professor, além de interventor do saber, será um escriba, isto é, ajudará as crianças na escrita dos textos. Ao final será o momento de socialização das produções – poderá usar a caixa de som –, isto é, ler o texto escrito para os colegas e na sala de aula, eleger os três mais adequados a gênero textual escrito para serem expostos num mural, no interior da escola. Os demais textos[3] devem ser recolhidos pelo professor, a fim de que analise os principais “erros” e trabalhe-os em sala de aula, sem que o aluno perceba que está sendo corrigido. Afora isso, o professor deve montar um portfólio, para ao final de cada unidade entregar aos alunos e/ou pais.
Essa estratégia pode perdurar ao longo do ano, mas o alfabetizador poderá explorar a produção de textos escritos através de imagens, sonhos, textos fatiados, objetos e até mesmo, tomar um texto como base e modificar os personagens e/ou cenário. Ademais, a carta e o bilhete precisam ser trabalhados, pois são gêneros textuais presentes no cotidiano dos alunos.
Os textos expostos no mural, ao final da quinzena, quando serão substituídos por novos textos, serão recolhidos e arquivados numa pasta na Unidade Escolar e em caso de aceitação do professor e do autor, o texto poderá ser publicado na página da escola, na rede social facebook.
Em suma, o presente projeto não é uma receita pronta e acabada, mas é uma estratégia que os alfabetizadores da Escola Municipal Lourival Custódio precisam abraçar neste ano letivo de 2018. Significa que do 1º ao 5º ano todos os professores, simultaneamente estarão imbuídos e envolvidos com o projeto. Convém frisar que nas turmas do 1º Ciclo da Alfabetização (1º, 2º e 3º), no início do ano letivo, até pela dificuldade em escrever, pode haver a produção de textos de modo coletivo, seguido de ilustração, mas, é preciso incrementar gradativamente a produção individual e/ou em dupla.

7. PÚBLICO ALVO e DURAÇÃO DO PROJETO
Este projeto foi elaborado a fim de contemplar as crianças que estudam os Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e deve ser trabalhado durante todo ano letivo de 2018. É claro que em cada turma terá uma estratégia metodológica diferenciada, afinal, nem todas as crianças se encontram no mesmo nível de leitura e escrita.  
8. RECURSOS
Quadro branco, livros de recorte, papeis diversos, obras literárias, caixa de som, material escolar, impressora, computador, internet, mural, Datashow, livros didáticos e outros.
9. PALAVRAS FINAIS
Frente aos estudos feitos acerca da alfabetização e da realidade em que as crianças da Escola Municipal Lourival Custódio vivenciam, espera-se que ao final do ano letivo de 2018, os professores notem avanços por parte dos alunos no que concerne a leitura e escrita e que esse projeto, possa ser adequado e sequenciado nos anos vindouros e também ser considerado uma experiência exitosa no campo da alfabetização em nossa escola. Assim, aqui não há mais espaço para citações de pesquisadores, mas sim, é o momento de “finalizar” o projeto do ponto de vista teórico, “arregaçar as mangas” e começar a executá-lo.
Mãos à obra!
    
10. AVALIAÇÃO
Será observado e registrado a participação, envolvimento, interesse, assiduidade, avanços e dificuldades na realização das atividades propostas durante a aplicação do projeto. 
11. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
_______. On-line. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa- São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em Processo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1987.
Manual do Pacto, disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/pacto_livreto.pdf> Acesso em 24 de outubro de 2015.
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. 6. ed. 5ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2013.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.


[1] Mestrando do programa de Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), na Universidade do Estado da Bahia (UNEB); Graduado em Pedagogia pela Faculdade do Sertão Baiano (FASB); Especialista em Alfabetização e Letramento Educação Infantil e Anos Iniciais pela FASB; Especialista em Educação do Campo pela Universidade Candido Mendes (UCAM); Docente da Rede Municipal de Ensino de Monte Santo/BA. Atualmente exerce a função de Gestor Escolar. E-mails: sydy.oliveira10@gmail.com e sydy.oliveira10@hotmail.com  
[3] Os primeiros textos produzidos no início de cada unidade e o último do ano letivo serão arquivados na Unidade Escolar para análise e registros dos avanços com a execução da proposta do presente projeto.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

ÉTICA NA PESQUISA: O FUNDANTE NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO



ÉTICA NA PESQUISA: O FUNDANTE NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO[1]

Sidmar da Silva Oliveira[2]
Com o advento da globalização e a democratização do acesso à internet, aliado ao uso do computador e aos diversos sites de buscas para a realização de pesquisas educacionais, emergiu um problema que parece inextirpável: o plágio – princípio antiético – de produção do conhecimento que significa copiar e/ou se apropriar de uma frase/texto/obra em partes ou em sua totalidade sem citar a autoria. Essa é uma prática “fraudulenta” que denota um comportamento tapeceiro por parte de quem o pratica.
É claro que os aparelhos tecnológicos podem ser usados como estratégias para estudos, mas é preciso haver cuidado e rigor: cuidado por parte do sujeito que pesquisa e elabora a produção escrita, e rigor da instituição que solicita e avalia as produções. Se a solicitação de uma redação, projeto, monografia, artigo... é com o intento de ‘avaliar’ o aprendizado e a criticidade e/ou criatividade do estudante, os princípios éticos deve ser o primeiro critério a ser avaliado e levado em consideração no processo de produção do saber. Isto é, as instituições precisam criar mecanismos para coibir/punir os pseudoescritores que se apossam de produções de outrem.
É unívoco que a pesquisa em livros, revistas e site de buscas é importante para a elaboração de trabalhos, mas as boas produções são aquelas que, mesmo com lacunas – passíveis de retificações –, não infringe os princípios éticos de pesquisa e produções acadêmicas, ou seja, não se apropria de opiniões e ou ideias de outrem sem citar a referência. Logo, a ética em trabalhos escolares e/ou acadêmicos se configura como uma virtude daqueles que valorizam a construção do conhecimento, que respeitam o próximo e veem a educação como fenda para emancipação, não como meio para sucumbir os direitos de outras pessoas.
Portanto, apesar de ser relevante a utilização de diversas fontes para a produção do conhecimento, é vital o respeito para com as ideias alheias. À medida que se pesquisa e se utiliza de opiniões de outros, é precípuo dar os créditos, citar o autor/obra, senão, além de demonstrar a incapacidade do pesquisador, estará realizando uma produção antiética e sem credibilidade científica.


[1] Texto apresentado à Universidade Candido Mendes-UCAM, no curso de especialização em Educação do Campo.
[2] Mestrando do Programa de Mestrado Profissional em Educação e Diversidade na Universidade do Estado da Bahia-UNEB; Graduado em Pedagogia na Faculdade do Sertão Baiano-FASB; Pós-Graduado em Alfabetização e Letramento na FASB; Docente da Rede Municipal de Ensino de Monte Santo/BA – atualmente é Gestor Escolar. E-mail: sydy.oliveira10@gmail.com