ÉTICA NA PESQUISA: O FUNDANTE NA PRODUÇÃO DO
CONHECIMENTO[1]
Sidmar
da Silva Oliveira[2]
Com
o advento da globalização e a democratização do acesso à internet, aliado ao
uso do computador e aos diversos sites de buscas para a realização de pesquisas
educacionais, emergiu um problema que parece inextirpável: o plágio – princípio
antiético – de produção do conhecimento que significa copiar e/ou se apropriar
de uma frase/texto/obra em partes ou em sua totalidade sem citar a autoria.
Essa é uma prática “fraudulenta” que denota um comportamento tapeceiro por
parte de quem o pratica.
É
claro que os aparelhos tecnológicos podem ser usados como estratégias para estudos,
mas é preciso haver cuidado e rigor: cuidado por parte do sujeito que pesquisa
e elabora a produção escrita, e rigor da instituição que solicita e avalia as
produções. Se a solicitação de uma redação, projeto, monografia, artigo... é
com o intento de ‘avaliar’ o aprendizado e a criticidade e/ou criatividade do
estudante, os princípios éticos deve ser o primeiro critério a ser avaliado e
levado em consideração no processo de produção do saber. Isto é, as
instituições precisam criar mecanismos para coibir/punir os pseudoescritores
que se apossam de produções de outrem.
É
unívoco que a pesquisa em livros, revistas e site de buscas é importante para a
elaboração de trabalhos, mas as boas produções são aquelas que, mesmo com
lacunas – passíveis de retificações –, não infringe os princípios éticos de
pesquisa e produções acadêmicas, ou seja, não se apropria de opiniões e ou
ideias de outrem sem citar a referência. Logo, a ética em trabalhos escolares
e/ou acadêmicos se configura como uma virtude daqueles que valorizam a
construção do conhecimento, que respeitam o próximo e veem a educação como
fenda para emancipação, não como meio para sucumbir os direitos de outras
pessoas.
Portanto,
apesar de ser relevante a utilização de diversas fontes para a produção do
conhecimento, é vital o respeito para com as ideias alheias. À medida que se
pesquisa e se utiliza de opiniões de outros, é precípuo dar os créditos, citar
o autor/obra, senão, além de demonstrar a incapacidade do pesquisador, estará
realizando uma produção antiética e sem credibilidade científica.
[1] Texto
apresentado à Universidade Candido Mendes-UCAM, no curso de especialização em Educação
do Campo.
[2] Mestrando do
Programa de Mestrado Profissional em Educação e Diversidade na Universidade do
Estado da Bahia-UNEB; Graduado em Pedagogia na Faculdade do Sertão Baiano-FASB;
Pós-Graduado em Alfabetização e Letramento na FASB; Docente da Rede Municipal
de Ensino de Monte Santo/BA – atualmente é Gestor Escolar. E-mail: sydy.oliveira10@gmail.com