terça-feira, 26 de novembro de 2019

DECRETO - REGIÕES DE MONTE SANTO-BA

DECRETO - REGIÕES DE MONTE SANTO-BA

UMA ESCOLA SEM/COM FUTURO

UMA ESCOLA SEM/COM FUTURO

CURRÍCULO BAHIA

CURRÍCULO BAHIA

LITERATURA NA ESCOLA: UMA VIAGEM MÁGICA


Escola Municipal São Pedro 

PROJETO LITERÁRIO-2019
Sidmar da Silva Oliveira[1]
TEMA
LITERATURA NA ESCOLA: UMA VIAGEM MÁGICA

JUSTIFICATIVA
Sabemos que a realidade atual vem afastando cada vez mais os alunos do ato de ler as obras clássicas e/ou literárias tão presentes nas escolas. O frequente uso de celulares, computadores e, principalmente a falta de incentivo por parte das famílias têm levado os alunos a perderem o interesse pela leitura literária, por conseguinte, aparecem as dificuldades quando solicitados a realizarem produção de textos que expressem a opinião acerca de determinados assuntos. Ademais, notamos um vocabulário reduzido, dificuldades ortográficas, vícios de linguagem e produções sem uma sequência lógica dos fatos.
Essa realidade, bem como a importância da leitura literária para o letramento dos alunos – ainda mais quando a escola se localiza em uma comunidade em que o acesso aos livros parece ser um artigo de luxo –, somado a quantidade de obras literárias existentes na Escola São Pedro, nos levou a refletir sobre a necessidade de incentivar os alunos “acordarem” as histórias presentes nessas obras e, assim, viajarem em um mundo mágico que apenas a leitura pode proporcionar.

OBJETIVO GERAL
Ø  Incentivar a leitura, a escrita e a interpretação a partir da leitura de obras literárias, contribuindo para formação de leitores competentes e autônomos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ü  Estimular a leitura literária;
ü  Diversificar o repertório de leituras realizadas no cotidiano familiar/escolar;
ü  Despertar o gosto pela leitura, estimulando o potencial cognitivo e criativo dos alunos;
ü  Facilitar o acesso ao acervo literário da Unidade Escolar.
ARCABOUÇO TEÓRICO
A leitura é uma atividade dialógica que se inicia ao nascimento, se estende quando o indivíduo começa a falar, se desenvolve na escola e só se encerra na morte. Dessa forma, o ambiente escolar não deve ser o único responsável pela formação do leitor, nem o único lugar onde ocorra mediação da leitura; mas, a escola é a mola propulsora para a formação de leitores, sobretudo, para aqueles alunos oriundos de famílias de classe média baixa, onde pode até haver brinquedos para as crianças, mas livros de leitura praticamente não existem.
No Ensino Fundamental – anos iniciais, as obras literários exercem um papel vital na formação dos alunos, pois estimulam a imaginação, aumentam o vocabulário, trazem alegria, prazer e permitem que a garotada conheça outras culturas. Para Corsino (2010, p. 184), “além de agenciar o imaginário das crianças, de penetrar no espaço lúdico e de encantar, a literatura é a porta de entrada para o mundo letrado”. Assim, a preparação de um cantinho de leitura pelo professor e o incentivo a leitura literária por parte da escola não pode ser encarado como um trabalho a mais, e sim como uma estratégia para auxiliar na formação cidadã dos alunos.
A leitura é a porta de entrada para a formação do sujeito, afinal de contas, “aprender a ler e utilizar-se da literatura como veículo de informação e lazer promove a formação de um indivíduo mais capaz de argumentar, de interagir com o mundo que o rodeia e tornar-se agente de modificações na sociedade em que vive” (FILHO, 2009, p. 51). Sob esse ponto de vista, é importante que o trabalho com a leitura literária seja mais enfatizado nas escolas, essencialmente nas que abarcam o ensino primário, pois o aluno que adquire o hábito da leitura na alfabetização terá as séries vindouras para ampliar esse “vício” tão valioso; mas, é preciso que os professores sejam usuários assíduos da literatura, pois assim poderão motivar os alunos tanto com palavras, quanto pelo exemplo.
Entendemos que a leitura nos livros literários é indispensável para despertar o gosto pela leitura, cabendo ao docente dos anos iniciais o papel mais importante: o de seduzir os alunos desde os contatos iniciais com os livros, despertando o prazer pela leitura antes mesmo que o aluno saiba decodificar as letras. De fato, o papel do professor abrange muitas tarefas: criar situações favoráveis à leitura, orientar os alunos sobre as obras existentes na escola, além de auxiliar e coordenar os momentos de leitura de seus alunos, para que estes se tornem leitores autônomos. Para isso, o próprio docente precisa ser um leitor assíduo dos variados gêneros textuais e ser um conhecedor profundo das obras literárias existentes em sua escola. Em síntese, reconhecemos que despertar o gosto pela leitura é uma missão da escola que não é tão simples, mas é algo que vale a pena investir.
METODOLOGIA/PLANO DE AÇÃO
Os alunos irão pegar emprestados, os livros literários para realizarem a leitura em suas casas. Todos os empréstimos são registrados em um formulário elaborado pela gestão da Escola, para controle de empréstimo e devolução dos livros. Para cada livro lido, os alunos terão que preencher uma ficha de leitura, expressando o título, autor, ilustrador, editora e, principalmente, um pequeno resumo da obra lida.
Os alunos que ainda apresentam dificuldades para ler e escrever podem pegar os livros, fazerem a leitura ao seu modo ou até mesmo pedirem para outra pessoa realizar a leitura e, ao invés de fazerem o resumo, comentarem oralmente em sala de aula sobre a obra lida. Ao final de cada bimestre, os dois alunos(as) que tiverem lido mais livros[2], serão presenteados pela gestão da Unidade Escolar. 

TEMPO DE EXECUÇÃO DO PROJETO
Durante o ano letivo de 2019

PÚBLICO ALVO
Alunos da Escola Municipal São Pedro, povoado de Lagoa de Cima.

CULMINÂNCIA DO PROJETO
No final do ano letivo, pretendemos realizar um bate-papo literário ou um sarau literário para exposição e socialização das obras literárias que temos na Unidade Escolar, bem como aquelas lidas pelo alunos.

REFERÊNCIAS
CORSINO, Patrícia. Literatura na educação infantil: possibilidades e implicações. In: Brasil. Secretaria de Educação Básica. Coleção Explorando o Ensino: Literatura. Brasília: MEC, 2010.
FILHO, José Nicolau Gregorin. Literatura Infantil: múltiplas linguagens na formação de leitores. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009.


[1] Professor da Rede Municipal de Ensino de Monte Santo/BA. Graduado em Pedagogia; Especialista em Alfabetização e Letramento; Especialista em Educação do Campo; Mestre em Educação e Diversidade.
[2] Para contabilizar as obras lidas, serão contadas as fichas de leitura preenchidas pelos alunos.