ORIENTAÇÕES PARA
UM BOM PLANO DE AULA
Sidmar
da Silva Oliveira[1]
A ação de
planejar sempre esteve presente na vida do ser humano e continuará sendo um
hábito que precisa fazer parte do dia a dia das pessoas, afinal de contas, é
praticamente impossível fazer uma viagem sem saber para onde ir. No ceio
escolar, o planejamento ganha uma importância ainda maior, já que a condução de
uma aula com um roteiro prévio (planejamento) se torna mais atrativa e mais
coerente em relação ao fazer pedagógico, contribuindo assim, para a
aprendizagem.
Além do
planejamento, a reflexão sobre a aula se torna primordial à prática docente, já
que “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que podemos melhorar
a próxima prática”. (Paulo freire, 1996, p. 39). Assim, tanto o planejamento da
ação pedagógica quanto a reflexão, precisam se tornar hábito do professor a fim
de desenvolver aulas pertinentes e contextualizadas aos estudantes.
Á luz das
considerações precedentes e considerando os conhecimentos teóricas adquiridas
ao longo dos estudos (faculdade) e experiências docentes, sintetizei as
principais etapas e/ou orientações para a elaboração de um bom plano de aula. É
claro que antes do planejamento propriamente dito, o alfabetizador precisa se
indagar acerca de:
ü Qual leitura
(história) irei fazer para principiar a aula?
ü Por que este
conteúdo é importante para os alunos?
ü Quais objetivos
pretendo alcançar?
ü O que os
estudantes já sabem sobre essa temática?
ü Quais
estratégias tenho de utilizar para motivar os estudantes?
ü Qual é a relação
que essa temática tem com currículo real e oculto?
ü Como posso introduzir
este conteúdo e o que os alunos farão durante a aula?
ü Quais
materiais/recursos a escola dispõe que pode ajudar minha aula?
ü Quais materiais/recursos
posso utilizar para facilitar a assimilação do conteúdo?
ü Como contextualizar a temática a vida dos
aprendizes?
Após refletir tais questionamentos, o plano já está bem encaminhada, faltando apenas colocá-lo no papel (formalizar) e pôr em prática. Lembro-lhes que há diversos ‘esqueletos’ para o planejamento da prática docente, por consequência a estrutura que segue abaixo é apenas uma sugestão e não uma receita pronta.
IDENTIFICAÇÃO: Neste
item, o docente deve fazer a identificação da escola, do próprio professor, da
turma e outras informações pertinentes à identificação do plano;
1.
DISCIPLINA:
Este é o item a registrar a (as) disciplina (as) que serão trabalhadas;
2.
LEITURA DELEITE: Registrar
a história a ser lida no início da aula;
3.
CONTEÚDOS:
Registrar os conteúdos/s da aula;
4.
OBJETIVOS:
Descrever os objetivos a ser alcançados ao final da aula;
5.
METODOLOGIA: Detalhar
a metodologia a ser trabalhada durante a aula.
Sugiro “dividir
a aula” em momentos, tais como:
1º momento: Roda de leitura - leitura e bate-papo sobre a
história;
2º momento: Sondagem acerca dos conhecimentos prévios –
introdução da temática;
Assim por
diante;
6.
RECURSOS: Registrar
os materiais que serão utilizados durante a aula;
7.
PÚBLICO ALVO:
Turma/ano em que a aula será desenvolvida;
8.
TEMPO/DURAÇÃO: Descrever
o tempo previsto a ser gasto para desenvolver a aula;
9.
AVALIAÇÃO: Descrever
como irá avaliar os estudantes durante a aula.
10.
REGISTROS SOBRE A AULA: O docente deve registrar o que deu certo, o que
falhou e outros registros pertinentes a orientar novos planos.
BOM TRABALHO!!!!!
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários
à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
[1] Docente da Rede Municipal de
Ensino de Monte Santo/BA (atualmente é Gestor Escolar de uma escola de pequeno
porte). Graduado em Pedagogia pela Faculdade do Sertão Baiano-FASB (2015) e
Pós-Graduado em Alfabetização e Letramento na FASB (2016). E-mail: sydy.oliveira10@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário